Perícia conclui exumação de corpo de possível vítima de envenenamento no caso do bolo que matou 3 pessoas no RS
Investigação amplia suspeitas de envenenamento após morte ocorrida em setembro de 2024 ser revisitada pela perícia
O Instituto-Geral de Perícias (IGP) realizou, nesta quarta-feira (8), a exumação do corpo de um homem, sogro da principal suspeita no caso do envenenamento do bolo que matou três pessoas em Torres, no Rio Grande do Sul, no final de dezembro de 2024.
O corpo estava sepultado em Canoas, cidade onde ele residia com sua esposa. A Polícia Civil solicitou a exumação após suspeitar que a causa da morte, anteriormente atribuída a uma infecção intestinal, possa ter ligação com envenenamento – uma hipótese levantada durante as investigações do caso do bolo. O resultado da análise do corpo pelo IGP ainda não tem prazo para ser concluído.
A vítima faleceu no início de setembro de 2024, após apresentar sintomas de infecção intestinal ao consumir café com leite em pó e bananas. Sua esposa também passou mal na ocasião. Dias antes, a suspeita havia visitado o casal, acompanhada de familiares, e levado produtos de limpeza, flores, leite em pó, farinha e bananas.
Foi a esposa quem preparou o bolo, posteriormente levado para uma festa de fim de ano familiar no litoral gaúcho. A perícia do IGP confirmou que a farinha utilizada na receita estava contaminada com arsênio, veneno também detectado nos corpos das vítimas pelo hospital que as atendeu.
Com o avanço das investigações, a exumação do corpo pode trazer novos elementos ao caso, fortalecendo a suspeita de que os envenenamentos tenham ocorrido de forma premeditada em outras ocasiões.
O caso continua sendo acompanhado pela Polícia Civil e pelo IGP, que buscam esclarecer todas as circunstâncias envolvidas nas mortes.