Morre Léo Batista: a trajetória do ícone do jornalismo esportivo brasileiro

Jornalista esportivo com mais de sete décadas de carreira falece aos 92 anos, deixando legado inesquecível na televisão e no rádio

O Brasil se despediu neste domingo, 19, de um dos maiores nomes do jornalismo esportivo, Léo Batista, que morreu aos 92 anos. O apresentador estava internado na UTI do Hospital Rios D’Or, no Rio de Janeiro, após complicações decorrentes de um tumor no pâncreas. Diagnosticado no início de janeiro, o jornalista já enfrentava um quadro de desidratação e dores abdominais que levaram à internação. A perda marca o fim de uma era para o jornalismo esportivo brasileiro.

A carreira de Léo Batista começou cedo, aos 15 anos, como locutor em sua cidade natal, Cordeirópolis, no interior de São Paulo. Seu talento logo chamou atenção, levando-o a se destacar no rádio e, posteriormente, na televisão. A chegada da TV no Brasil, em 1950, foi um divisor de águas para o jovem profissional, que narrou momentos históricos como o “Maracanazo” e consolidou seu espaço como uma referência na cobertura esportiva. Ele ainda marcou época na Rádio Globo antes de migrar para a televisão, onde foi pioneiro em programas como Jornal Hoje e Esporte Espetacular.

Na TV Globo, onde ingressou em 1970, Léo Batista se tornou um dos apresentadores mais icônicos, conquistando o público com sua habilidade de improviso e versatilidade. Ele foi o primeiro a apresentar diversos programas de sucesso, como o Globo Esporte e o Jornal Nacional, além de narrar gols da rodada no Fantástico. Seu estilo marcante também lhe rendeu o apelido de “a voz marcante da televisão brasileira”, homenagem feita por colegas como Luís Roberto. O legado de Léo Batista foi eternizado em uma série documental lançada em 2024 pela Globoplay.

Viúvo desde 2022, após a morte trágica de sua esposa Leyla Chavantes Belinaso, Léo Batista continuou ativo na televisão até os últimos momentos, sempre rejeitando a aposentadoria. “Quem vai me aposentar é o homem lá de cima”, dizia. Seu impacto transcendeu gerações, inspirando profissionais e sendo lembrado como um mestre do jornalismo esportivo. Ainda não há informações sobre o velório e o sepultamento do jornalista.

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