O incêndio devastador que consome áreas de Los Angeles, nos Estados Unidos, mudou de trajetória neste sábado (11) devido à força dos ventos, agravando a crise na região. O fogo, inicialmente concentrado em Pacific Palisades, avançou para os bairros de Brentwood e Vale de San Fernando. Com 153 mil moradores já sob evacuação obrigatória e mais 166 mil alertados a deixarem suas casas, o número de desabrigados cresce a cada hora, enquanto bombeiros e autoridades trabalham para conter o desastre.
Até o momento, 11 pessoas perderam a vida e 13 continuam desaparecidas, segundo o chefe de polícia do Condado de Los Angeles, Robert Luna. A magnitude do desastre se estende por 14.100 hectares – o equivalente a mais de duas vezes e meia o tamanho de Manhattan. Condições climáticas desfavoráveis, como os ventos intensos, têm dificultado o trabalho das equipes de combate às chamas, que vinham relatando progresso em áreas anteriormente atingidas, como Palisades e Eaton.
A mobilização para controlar o incêndio inclui não apenas o esforço do governo dos Estados Unidos, mas também a colaboração de sete estados americanos e do Canadá. Recursos internacionais foram enviados para reforçar o combate ao fogo, enquanto a população local enfrenta perdas significativas e incertezas sobre o futuro.
O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos declarou estado de emergência de saúde pública na Califórnia, citando os graves impactos na saúde causados pela fumaça tóxica e pela destruição generalizada. A tragédia, que teve início no começo da semana, demonstra a força devastadora dos incêndios florestais e a necessidade de ação rápida para salvar vidas e proteger comunidades inteiras.