Continuam internadas em unidades de terapia intensiva (UTI) duas funcionárias de uma pousada feridas na queda e explosão de um avião em Gramado (Serra Gaúcha), ocorrida na manhã de 22 de dezembro. Uma das vítimas, de 51 anos, sofreu queimaduras em 30% do corpo e está no Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre. De acordo com a instituição, ela apresentou melhora e já não necessita de aparelho respiratório.
Sua colega, de 56 anos, teve mais de 40% do corpo queimado e segue internada no Hospital de Pronto Socorro (HPS), especializado no tratamento de queimaduras. Apesar de avanços no tratamento, ambas permanecem sem previsão de alta, com o quadro sendo avaliado diariamente pelas equipes médicas.
Relembre o caso
No dia 22 de dezembro, por volta das 9h, um avião bimotor pilotado por um empresário paulista decolou do Aeroporto de Canela com destino a Jundiaí (SP). Minutos após a decolagem, sob forte neblina, a aeronave colidiu com a chaminé de um prédio, o segundo andar de um sobrado e uma loja de móveis antes de explodir ao atingir o solo, na avenida que liga Canela a Gramado.
Os dez ocupantes do avião, incluindo crianças e adolescentes, morreram instantaneamente. A explosão, causada pelo tanque de combustível cheio, e os destroços lançados pelo impacto atingiram imóveis próximos, entre eles a pousada onde as funcionárias feridas estavam. Outras 15 pessoas precisaram de atendimento médico, a maioria por intoxicação com a fumaça.
Identificação das vítimas
A identificação dos corpos das vítimas do acidente, dificultada pela gravidade do impacto e do incêndio, foi concluída nesta semana pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP). Os métodos incluíram análise de DNA, arcadas dentárias e impressões digitais. Entre as vítimas, estão o empresário Luiz Cláudio Salgueiro Galeazzi, sua esposa, as três filhas adolescentes do casal, a mãe da esposa, uma irmã dela, o marido dessa irmã e os dois filhos do casal.
Investigações continuam
As causas do acidente seguem sob investigação pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), sem prazo para a conclusão dos trabalhos.
Fonte: O Sul