Pesquisas realizadas pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) identificaram riscos geológicos preocupantes em áreas turísticas do Litoral Norte do Rio Grande do Sul, incluindo o Parque Estadual José Lutzenberger, em Torres, e o Caminho da Santinha, na Praia da Cal. A investigação faz parte de uma iniciativa nacional que busca mapear perigos em atrativos naturais com alta visitação, visando prevenir acidentes e proteger o patrimônio.
Entre os locais mais críticos, o Parque da Guarita recebeu atenção especial, com sete áreas identificadas como de risco, incluindo a Torre Sul, Torre da Guarita, e Bico do Luiz. As análises apontaram perigos como quedas de blocos rochosos e deslizamentos, com algumas regiões classificadas com grau de perigo “muito alto”. Medidas recomendadas incluem a remoção de estruturas deterioradas, como uma laje de concreto na Torre da Guarita, que apresenta risco iminente de colapso.
A segurança dos visitantes é uma prioridade, segundo o geocientista Anselmo Pedrazzi, que defendeu que o acesso pode continuar, desde que sejam adotadas ações preventivas e informação adequada para os turistas. “As pessoas precisam ser informadas sobre os riscos existentes para sua segurança”, destacou. A conscientização e a implementação de políticas de segurança são passos cruciais para manter o equilíbrio entre preservação ambiental e exploração turística.
Esse levantamento ocorre em um cenário de alerta nacional, motivado por tragédias como o desabamento nos Cânions de Capitólio, em Minas Gerais. Além do Rio Grande do Sul, outros estados brasileiros, incluindo Pernambuco, Ceará e Amazonas, também foram alvo de análises geotécnicas. Os resultados serão compilados em relatórios que irão auxiliar na gestão de áreas naturais, promovendo uma visitação mais segura e sustentável.
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