A justiça determinou a prorrogação da prisão temporária da principal suspeita de um caso de envenenamento ocorrido no Rio Grande do Sul. A acusada, que está detida desde o início de janeiro, continuará presa por mais 30 dias. A decisão atende ao pedido da Polícia Civil, que argumentou que sua liberdade poderia comprometer a coleta de provas e o andamento das investigações.
O inquérito segue avançando e novas evidências foram anexadas ao processo. Entre elas, a assinatura da suspeita em um recibo de entrega de um pacote contendo arsênio, substância identificada nas vítimas. Além disso, perícias comprovaram que buscas foram feitas na internet por termos relacionados ao veneno, reforçando a tese da premeditação do crime. O material analisado inclui registros de pesquisa sobre como utilizar a substância letal.
O caso envolve quatro mortes suspeitas. Três mulheres faleceram logo após o consumo de um bolo, no final do ano passado, enquanto um homem da mesma família morreu meses antes com sintomas semelhantes. No dia do envenenamento, sete pessoas participaram de um café da tarde, sendo que seis delas ingeriram o alimento contaminado. Uma criança e outra testemunha também passaram mal, mas sobreviveram.
A defesa da acusada nega todas as acusações e afirma que ainda aguarda documentos e laudos completos para sua manifestação oficial. O caso segue em investigação, e as autoridades continuam reunindo provas para esclarecer os detalhes do crime.