Um enorme buraco coronal, com aproximadamente 800 mil quilômetros de largura, foi identificado na superfície do Sol pelo Observatório de Dinâmica Solar (SDO), da NASA. Esse tipo de fenômeno, que ocorre quando o campo magnético da coroa solar se abre, permite a liberação de partículas carregadas em alta velocidade. A expectativa é que essas partículas alcancem a Terra até sexta-feira (31), provocando uma tempestade geomagnética de baixa intensidade.
As tempestades geomagnéticas resultantes desse fenômeno podem impactar redes elétricas, sistemas de comunicação, satélites e GPS, mas, segundo especialistas, os efeitos dessa perturbação na magnetosfera terrestre serão limitados. No entanto, um dos impactos mais visíveis será a intensificação das auroras boreais, que poderão ser apreciadas com mais intensidade nas regiões próximas aos polos, criando um espetáculo de luzes coloridas no céu.
Os buracos coronais diferem das erupções solares por sua duração mais longa, podendo persistir por semanas ou até meses enquanto acompanham a rotação do Sol. Eles aparecem como regiões mais escuras nas imagens ultravioleta, pois permitem que os gases quentes escapem para o espaço. No caso desse buraco recém-detectado, os ventos solares estão sendo expelidos a mais de 500 quilômetros por segundo.
Embora o fenômeno chame a atenção pelo seu tamanho – 62 vezes maior que a Terra –, a tempestade geomagnética gerada foi classificada no nível G1 da escala de severidade, considerada de baixa intensidade. Isso significa que, apesar da magnitude impressionante do buraco coronal, não há riscos significativos para infraestrutura terrestre ou atividades espaciais.