Bolo envenenado: suspeita usou nome falso para comprar arsênio em caso de envenenamento, diz polícia

Uma tragédia abalou a cidade de Torres, onde quatro pessoas perderam a vida após consumirem alimentos envenenados com arsênio. Três vítimas morreram ao ingerir um bolo de Natal, enquanto uma quarta faleceu após consumir leite contaminado. A investigação aponta que a substância foi adquirida de forma ilegal, utilizando um nome falso em transações online.

Evidências coletadas pela polícia indicam que o arsênio foi comprado em pelo menos quatro ocasiões, com a utilização de um CPF falso e uma identidade fictícia. O material foi entregue na residência da suspeita, e uma cópia fiscal das transações foi encontrada em seu celular. As compras foram realizadas ao longo de cinco meses, incluindo períodos próximos às mortes das vítimas.

O caso também trouxe à tona a falta de controle sobre a comercialização de substâncias perigosas. Desde 2005, a venda de arsênio é proibida no Brasil, mas a facilidade de acesso por meio de canais clandestinos segue sendo um grave problema. A polícia investiga ainda as empresas envolvidas na venda do produto, buscando identificar responsabilidades e lacunas no sistema de fiscalização.

A prisão da principal suspeita foi realizada no início do ano, e o caso segue em investigação. A tragédia familiar não apenas gerou comoção nacional, mas também levantou um debate urgente sobre a regulamentação do comércio de produtos químicos e as falhas que permitiram que esse crime fosse cometido.

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