Bolo envenenado: níveis alarmantes de arsênio surpreendem peritos e revelam crime planejado

Análises detalhadas mostram contaminação extrema na farinha e confirmam envenenamento intencional

Um caso de envenenamento chocou o país após uma confraternização familiar no litoral norte, durante a qual um bolo contaminado resultou na morte de três pessoas e deixou outras hospitalizadas. A perícia revelou concentrações de arsênio na farinha 2,7 mil vezes superiores às encontradas no próprio alimento, evidenciando a manipulação intencional. A sobremesa, feita para um momento de celebração, tornou-se o centro de uma investigação de crime premeditado.

O Instituto-Geral de Perícias (IGP) conduziu análises profundas, constatando níveis de arsênio no organismo das vítimas muito acima do limite tóxico. Exames químicos confirmaram que a contaminação não foi acidental, descartando qualquer hipótese de intoxicação alimentar natural ou ambiental. As autoridades afirmam que as concentrações detectadas nos materiais biológicos são incompatíveis com contaminações ocasionais, reforçando o caráter proposital do ato.

A suspeita do crime é uma integrante da própria família, que teria pesquisado substâncias tóxicas e venenos indetectáveis. As investigações apontam que ela adquiriu materiais químicos específicos, inspirando-se em compostos historicamente usados para envenenamentos. As autoridades ainda investigam se outros parentes podem ter sido vítimas em situações anteriores, e novos exames estão sendo realizados.

Os desdobramentos continuam com a análise de amostras adicionais e depoimentos que indicam a premeditação do crime. O caso expõe como o uso deliberado de substâncias tóxicas pode transformar um ambiente familiar em palco de tragédia, além de destacar a relevância do trabalho pericial para a resolução de crimes. O delegado responsável destacou que os resultados iniciais representam apenas o começo de uma investigação mais ampla.

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