Bebê de 7 meses e os pais são alvos de agressões nas redes sociais

Antonella é o primeiro bebê nascido no sul do país com o DNA dos dois pais, um casal homoafetivo

O amor que enfrenta o ódio” – é assim que Jarbas, 48 anos, define a jornada que vive ao lado do parceiro Mikael, 36, e da filha Antonella, fruto do sonho realizado de um casal homoafetivo masculino. A família decidiu criar uma página no Instagram para compartilhar sua história e inspirar outras pessoas, mostrando como a ciência tornou possível que Antonella carregasse o DNA de ambos os pais.

No entanto, o caminho não tem sido fácil. Apesar de o perfil @2paisdaantonella já contar com mais de 115 mil seguidores e conquistar muitos corações com relatos de amor e superação, o casal enfrenta manifestações de ódio e intolerância. “Infelizmente, ainda enfrentamos esse tipo de reação. É desanimador, mas ao mesmo tempo, nos fortalece”, declara Jarbas.

Mikael, fotógrafo profissional, é responsável por registrar os momentos vividos em família, enquanto Jarbas cuida da estrutura do lar. “A Antonella é a nossa maior alegria. Cada momento que compartilhamos é uma celebração do amor que construímos juntos”, destaca Mikael.

Os desafios da intolerância nas redes sociais

Apesar de compartilhar momentos de felicidade, o casal recebe comentários negativos que questionam a estrutura familiar. “A menina vai crescer e dizer, quem é minha mãe?”, escreveu um internauta. Outro chegou a afirmar: “Que situação triste aos olhos do altíssimo”.

Para Jarbas, esses comentários refletem um fundamentalismo religioso que opta pela intolerância em vez da compaixão. “Queremos que nossa filha saiba que é amada e aceita, independentemente da opinião dos outros”, afirma.

Antonella como símbolo de resistência

Os pais acreditam que, ao expor sua vida nas redes sociais, estão ajudando a mudar a mentalidade de uma sociedade que ainda discrimina. “Quando olhamos para a Antonella, vemos a esperança de um futuro mais inclusivo”, destaca Mikael. “Ela é a prova de que o amor pode prosperar em qualquer circunstância.”

A família espera que sua história inspire outras, sejam elas homoafetivas ou heterossexuais. “Temos fé de que, ao mostrar nosso amor, estamos ajudando a construir um mundo mais acolhedor”, finaliza Jarbas.

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