‘Era uma pessoa muito bem vista pela comunidade’, diz presidente de liga sobre atleta morto em jogo de futebol no interior de Carlos Barbosa

O jogador de futebol amador Geovani Biancho, de 42 anos, morto no último sábado (11) após ser atingido por um chute no peito durante uma partida amistosa em Carlos Barbosa, na Serra do Rio Grande do Sul, era dono de uma escolinha de futsal para crianças e costumava participar de campeonatos de várzea como jogador e técnico de times da região, as informações são do Portal G1.

“Era uma pessoa muito bem vista pela comunidade, a cidade ficou muito abalada. No sábado pela manhã, antes de morrer, ele realizou uma confraternização de fim de ano da escolinha com as famílias das crianças. Levou todo mundo para a casa dele, mesmo”, conta Carlos Henrique Bourscheid, presidente da Liga Baronense de Futebol e secretário de Administração e do Meio Ambiente da cidade.

De acordo com a Polícia Civil, Geovani morreu após um bate-boca que virou briga em uma partida na localidade de Torino, interior de Carlos Barbosa por volta das 17h10 de sábado. O suspeito de ter cometido o crime é um jovem de 21 anos. Ele foi ouvido pela polícia e vai responder pelo crime – lesão corporal seguida de morte – em liberdade.

Considerado pela comunidade de Barão, município de 6 mil municípios onde vivia, um dos mais importantes idealizadores do esporte na região, Biancho atuava como jogador e técnico em times locais. Na partida do sábado, ele jogava um amistoso pelo Clube Esportivo Recreativo e Cultural Torinense.

Além das atividades esportivas amadoras, Biancho era dono da Escolinha de Futebol Primeiro Drible, que atendia dezenas de crianças, e sócio de uma empresa metalúrgica, ambas em Barão. Na adolescência, chegou a jogar nas categorias de base do Esportivo, de Bento Gonçalves, e do Grêmio Atlético Guarany, de Garibaldi.

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Por conta da morte, a final da Copa Barão de Futebol de Campo 2021, que aconteceria no domingo (12), foi adiada para o dia 19. O campeonato é tradicional na região e reúne os oito clubes mais tradicionais da cidade. Biancho jogou ou atuou como treinador em grande parte deles, mas não se classificou para a decisão com o Aliança, clube pelo qual atuava oficialmente em 2021.

De acordo com Fábio Hastenteufel, também atleta amador e um de seus melhores amigos, Biancho era um atacante de habilidade e ficou conhecido por fazer um dos gols mais importantes da história do Aliança, time de várzea tradicional na região.

“Eu chamava ele de amuleto, porque ele fazia gols importantes. Era velhinho, mas estava sempre em forma, era o que tinha mais preparo físico. No primeiro título da história do Aliança, há uns 6 anos, ele fez o gol decisivo nos acréscimos. O clube estava completando 50 anos e jogou a final contra o Estrela do Mar, que é o nosso grande rival. Há alguns anos, os clubes de várzea começaram a ter que pagar multa para tirar jogadores dos outros times, mas pagavam para trazer o Geovani”, conta Fábio.

Ainda de acordo com o amigo, Biancho também era muito religioso e ajudava regularmente o sogro em eventos da igreja. Ele deixa a esposa, Liziane, e um filho de 3 anos.

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